quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Você enjoa de todas as músicas velhas gravadas no cartão de memória e liga o rádio. Você nunca sabe o nome da canção, mesmo que já tenha ouvido antes. São tantas senhas nesse dia frágil que fica difícil descobrir qual a parte que mais dói. Desliga o som e canta com sua própria voz, assim não tem erro, tirando a desafinação. Pra você ver, o ponto é tão crítico que até mesmo a música se tornou inconveniente. Não sei se amanheceu assim, ou se fui eu quem achou que o amanhecer tinha morrido. Ou até mesmo, se eu sem quiser matei o amanhecer. Só sei que está tudo escuro, mesmo com esse sol imbecil que faz meus olhos arderem com a luz, além de tanta lágrima salgada. Queria você aqui. Conformar-me até com o silêncio, se pudesse sorrir pra você.

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